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A sustentabilidade é um dos principais assuntos globais, seja por causa da saúde do planeta ou pela desigualdade social do mundo. Nesse contexto, surgem possíveis soluções para equilibrar essa conta e tentar evitar desperdícios de recursos naturais, como o modelo econômico da Economia Donut.
No post de hoje explicamos o que é a Economia Donut, como surgiu e qual é a sua relação com a transformação digital das organizações. Continue a leitura para saber mais!
A economista Kate Raworth cunhou o termo em seu livro “Economia Donut, uma alternativa ao crescimento a qualquer custo” que traz a proposta de um modelo econômico que satisfaz as necessidades dos seres humanos, ao mesmo tempo em que respeita os recursos naturais do planeta.
Em seu livro a autora apresenta as razões pelas quais o sistema atual falhou na utilização de recursos, causando uma crise financeira permanente e uma desigualdade social que impacta diretamente o meio ambiente. A partir dessa análise nasceu a Economia Donut.
A relação do conceito com o donut é simples. A parte de dentro da rosquinha é onde ficam as pessoas sem casa, dinheiro e alimentação. No entanto, o ideal é que todos fiquem em cima do donut, tendo acesso aos seus direitos básicos, mas sem pressionar demais o planeta, equilibrando assim o consumo e a utilização de recursos.
Essa nova perspectiva não utiliza os indicadores econômicos atuais, como o PIB e o crescimento da renda nacional, pois propõe um conjunto de outros indicadores que misturam métricas econômicas com dados sobre a estabilidade do clima, saúde do solo, educação e outras atividades socioambientais.
Hoje em dia é quase impossível pensar em um modelo econômico sustentável, sem levar em consideração a transformação digital e as suas potencialidades. Tanto a pandemia da Covid-19 quanto a recessão global influenciaram diretamente os negócios e suas fontes de renda.
Levando em conta esse cenário, as empresas tiveram que fortalecer sua presença no ambiente digital. Portanto, pequenos e médios negócios começaram a vender online para diminuir custos e utilizar menos recursos. Esse movimento não só adaptou os serviços das empresas, como também mostrou o quanto a tecnologia pode ser utilizada para facilitar processos, além de poder reduzir os impactos no meio ambiente.
A pandemia aliada a crise mudou a perspectiva de muitas organizações com relação à sustentabilidade, fazendo surgir nesse período mais projetos de inovação, de negócios conectados e co-criativos, embasados numa lógica colaborativa. Nesse sentido, as soluções digitais que focam na construção de um sistema econômico sustentável são a ligação entre o modelo de Kate e a transformação digital.
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A sustentabilidade e a mudança de mentalidade são princípios que fazem parte da Economia Donut e ajudam a entender a sua real proposta. Para o pós-pandemia fica a certeza de que os tradicionais modelos de negócio, seus sistemas e a forma como percebem a economia irão se modificar.
A Economia Donut surge como uma possibilidade para esse confronto entre as indústrias e a limitação do planeta, mostrando que é necessário pensar de forma colaborativa, evitando o crescimento desenfreado e sem um objetivo humano e sustentável.
Nessa perspectiva, a autora traz a ideia de regeneração da economia, a partir de um modelo que é mais relevante e condizente com o momento atual. Esse conceito se relaciona com a economia circular e com outras ações que podem auxiliar o planeta nas suas atuais crises de saúde pública, financeira, ambiental e social.