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Não há dúvidas de que a transformação digital veio para revolucionar os negócios, inclusive as pequenas empresas. Em tempos de pandemia, isso ficou ainda mais claro, como mostram estes dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae): só em 2020, foram abertas mais de 620 mil micro e pequenas empresas em todo o Brasil.
No entanto, apesar das facilidades que a tecnologia traz, os riscos também devem ser considerados – especialmente agora, com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O texto estabelece regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, impondo penalidades mais severas para o não-cumprimento das normas.
Por isso, é preciso ficar atento e redobrar a atenção com a segurança digital da sua empresa.
Investir em cibersegurança nunca foi uma necessidade tão grande. A transformação digital e o crescente valor estratégico dos dados para o sucesso de um negócio tornaram os sistemas corporativos alvos de constantes ataques – o que aciona investimentos em processos e na infraestrutura de TI.
Quer um exemplo recente? Lembre-se do ataque de hackers no site das Lojas Renner, que sequestraram a página web da empresa e pediram um resgate gigantesco para “devolvê-la”. Além disso, outras marcas conhecidas do mercado já foram vítimas de atentados parecidos, como Netshoes, JBS e Yahoo.
Em 2021, o relatório da consultoria de cibersegurança Fortinet mostrou que o Brasil é um dos países que mais sofreram ataques de hackers. Ao todo, foram registradas quase 3,2 bilhões de tentativas de invasão só no primeiro trimestre do ano. Estando na mira dos criminosos, é preciso começar a se proteger e investir em medidas efetivas de segurança digital.
Mais ainda, com medidas de cibersegurança, você garante a confiabilidade de informações críticas, impedindo que estas sejam adulteradas ou corrompidas no próprio resgate para uso da operação. E como o investimento em cibersegurança é uma tendência de mercado, você também pode destacá-la como um diferencial frente a seus concorrentes.
1. Comece adquirindo um antivírus
Básico, sim, mas ainda muito necessário considerando que 1 em cada 5 empresas ainda não tem o costume de utilizar o programa para a segurança digital. Neste sentido, é fundamental a utilização de antivírus em todos os equipamentos da empresa.
Também é imprescindível que o antivírus esteja sempre atualizado e configurado de acordo com a política de segurança do seu negócio. Afinal, um software desatualizado perde grande parte da sua eficiência e deixa os computadores vulneráveis a ataques.
2. Proteja sua rede Wi-Fi
É importante proteger o acesso da rede wireless de estranhos e intrusos. Para isso, utilize uma senha forte e conexão com criptografia de dados. Altere também as configurações padrão do roteador utilizado, mudando a senha de acesso ao painel de configurações. É indicado mudar as senhas utilizadas com uma certa periodicidade, de 3 em 3 meses em média.
3. Tenha o backup dos dados mais importantes para o seu negócio
Defina procedimentos de cópia de todos os dados importantes da sua empresa. Para informações mais relevantes, como dados financeiros ou informações de clientes, produtos e serviços, é recomendado fazer backup diário, executado de forma automática. Além disso, mantenha as cópias seguras e armazenadas em ao menos dois locais diferentes.
4. Participe de treinamentos e ofereça-os aos colaboradores
A maioria dos problemas de segurança digital têm como porta de entrada falhas de comportamento humano, proveniente dos profissionais que trabalham na empresa e que, por descuido e desconhecimento, fornecem dados importantes ou permitem a instalação de vírus e malwares nos computadores.
Dessa forma, orientar os colaboradores sobre segurança na internet é de extrema importância. Para isso, aposte em treinamentos e na gamificação do assunto, contribuindo para aprimorar o conhecimento de quem trabalha com você.
5. Proteja as informações de sistemas financeiros
Tenha atenção extra a este ponto, pois é onde a maioria dos ataques virtuais são direcionados. Mantenha o acesso restrito aos dados e sistemas financeiros da empresa, como senhas de bancos, permitindo que somente pessoas treinadas e de confiança manejem essas informações.
6. Controle o acesso a programas e instalação de software
Os colaboradores devem ter acesso somente aos programas utilizados para realização de suas atividades na empresa. Não libere o acesso a todos os programas para todos os colaboradores. Além disso, é necessário restringir a instalação de qualquer aplicativo nos equipamentos, solicitando a autorização de um responsável pela área de TI.
Um e-commerce sem segurança digital é o mesmo que uma loja de rua com a porta escancarada, sem vendedores e com a senha do cofre escrita em um papel no balcão. Nada bom, não é?
Para evitar que isso aconteça, siga as 5 dicas que elencamos aqui e proteja o seu e-commerce:
1. Proteja os dados cadastrais de seus clientes
Para oferecer um serviço confiável e seguro aos clientes online, investir e formar uma equipe especializada no compliance à LGPD é o primeiro passo. A partir daí, repense a forma de captação e armazenamento de dados dos usuários.
Outra obrigatoriedade é a criação de protocolos de consentimento e a possibilidade de excluir dados dos usuários do banco de informações, mediante solicitação do proprietário dos dados.
2. Certifique-se da segurança dos processos e sistemas de pagamentos
Com cada vez mais integração entre as lojas virtuais, parceiros de pagamentos digitais e emissores de boletos, é preciso aumentar a segurança destes processos. Os ataques do tipo Magicart, em que ladrões roubam dados de cartões de crédito, por exemplo, podem ser mitigados com ferramentas simples de segurança online – o que pode economizar um bom dinheiro na prevenção de fraudes.
3. Esteja ciente das vulnerabilidades do site
Seu e-commerce, apesar do bom funcionamento, design moderno e grande número de acessos, pode apresentar vulnerabilidades estruturais que facilitam a ocorrência de crimes virtuais.
Assim, é necessário conhecer e identificar os crimes mais comuns e como eles afetam seu negócio para agir de modo preventivo. É nesse ponto que você irá encontrar soluções que ajudam a eliminar brechas de segurança e minimizar o impacto das fraudes online no seu e-commerce.
4. Foque em melhorar a experiência do cliente
Oferecer uma melhor experiência para os usuários é importante em todas as etapas do funil de vendas. Isso vai desde a pesquisa de produtos e comparação de preços até os procedimentos de cadastro, login e pagamento.
Por meio do estudo do comportamento dos usuários, é possível mapear pontos problemáticos e fazer melhorias contínuas. Demonstrar transparência no uso dos dados e as medidas para aprimorar a segurança também é algo valioso para os clientes.
5. Invista em soluções que ajudam a fortalecer a segurança da sua empresa, como um CRM
Plataformas de gestão de dados, como o Salesforce Essentials, podem ser suas melhores amigas na hora de implementar processos de segurança digital. Além disso, um software como o CRM ajuda você a acompanhar todas as interações e planejar a melhor estratégia em cada etapa do funil de vendas.
Também vale investir no conteúdo e na automação do site para oferecer recursos de autoatendimento, como páginas de resolução de problemas (FAQs), blogs, entre outros exemplos.
Esperamos ter ajudado você a entender melhor como dar os primeiros passos em direção a um e-commerce seguro, seguindo as diretrizes da LGPD e trazendo mais resultados e crescimento para você.
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