Toda estratégia de marketing digital, de alguma forma, está relacionada a cookies (arquivos criados por sites visitados) e first-party data (dados primários coletados diretamente por alguma empresa). Neste artigo, vamos explicar estes conceitos e por que eles são relevantes para a sua estratégia de marketing, publicidade digital, CRM e customer experience.
Cookies são pequenos arquivos enviados para o seu computador que identificam o usuário e guardam informações. Eles ajudam as marcas a fazer publicidade mas, principalmente, permitem uma melhor experiência para os clientes.
Por exemplo, através da informação coletada em cookies, uma empresa pode:
LEIA TAMBÉM: Desvendando os Cookies: Uma Receita para Transformar a Experiência Online >>
Esses cookies não registram apenas o seu comportamento em um site específico, mas tudo o que você faz naquele browser. Esses dados são amplamente usados por anunciantes para cross-site tracking (rastrear o mesmo usuário em diferentes sites e dispositivos), retargeting (mostrando publicidade para pessoas com o histórico dos seus interesses pela navegação ou pesquisa por exemplo) e para definir quando e onde o anúncio deve aparecer (ad serving). Ele permite que uma marca seja oferecida através de publicidade digital para consumidores em sites e canais pagos que não são seus.
Esses são os cookies que geram polêmica, já que o usuário não tem controle nem visibilidade sobre o que está sendo compartilhado. A Apple já suspendeu o uso de cookies de terceiros em 2017 para o Safari e a Firefox fez o mesmo em 2019.
Porém o Google, dono de um dos navegadores que possuem maior importância no mercado, o Chrome — responsável por aproximadamente 60% de share no mundo e cerca de 80% na América Latina —, ainda aceita. A empresa anunciou recentemente a interrupção dos cookies de terceiros no Chrome, porém em Junho de 2021 adiou o fim do suporte por mais um ano, agora programado para o fim de 2022.
O entendimento e a regulamentação atual colocam o usuário como dono dos seus dados, oferecendo dessa maneira, visibilidade e controle do que é compartilhado, como previsto na LGPD no Brasil.
Todos nós queremos uma experiência personalizada, relevante e contextual com as marcas. Queremos nos sentir reconhecidos! E para isso as marcas devem se concentrar em construir uma base de dados first-party — ou seja, dados compartilhados com a marca, e que ela tem acesso através do consentimento dos clientes. Sim, seja dono dos seus dados. Eles são um fator primordial para você estar pronto para o marketing do presente e do futuro. E com o avanço das tecnologias, você tirará cada vez mais valor deles.
Mas não existe milagre, portanto, se você ainda não tem uma estratégia de aquisição e organização de dados na sua empresa, coloque isso em sua agenda e dê prioridade. O fim dos cookies de terceiros está chegando e nem todo mundo estará pronto, então: quem souber jogar, vai voar. E a preparação começa agora!
A segunda boa notícia é que as pessoas estão sim dispostas a compartilhar dados com as marcas que confiam e quando sentem que existe valor. Mas antes de qualquer coisa, as marcas precisam conquistar a confiança e merecer os seus dados — nesse caso, first e zero- party data.
Esse não estava nem na nossa lista! Perceba que aqui não é sobre cookie, é sobre dados. Zero-party data é um conceito introduzido pela consultoria Forrester em 2018. Eles são os dados que o usuário compartilha de maneira proativa e intencional com a marca, diferente do first-party no qual a marca pede os dados e os clientes consentem em fornecer, nessa modalidade a marca não precisa solicitar.
Dados zero-party podem incluir intenção de compra, contexto pessoal e como o consumidor quer que a marca o reconheça. Dados primários são importantes, mas costumam registrar o passado, e os interesses ou intenções de compra precisam ser inferidos a partir dos dados. Então, a beleza do zero-party data é que ele inclui o que a pessoa te conta que quer comprar ou fazer. E para a marca merecer esses dados, os usuários precisam ser entretidos, engajados e receber algo em troca da sua atenção e informações. As marcas podem oferecer experiências que entreguem valor para pessoas e fazer pesquisas ou ter o "opt-in" (consentimento) delas para ter acesso aos seus dados.
Quando uma pessoa confia em uma marca o suficiente para compartilhar com ela dados tão importantes, a marca não precisa inferir o que o cliente quer ou quais são as suas intenções.
Para tornar tudo isso real, você precisa de uma estratégia de valor para oferecer para os clientes e motivos para que eles aceitem fornecer seus dados para a sua empresa. Aqui vale todo tipo de criatividade e insights, o importante é criar experiências cada vez mais relevantes.
Além disso, você precisa de uma plataforma (por exemplo uma Customer Data Platform) que permita coletar, conectar e ativar esses dados.
Connections To You Brasil 2021: Tendências de Marketing Digital: Assista ao replay deste evento para ver uma demonstração da Salesforce CDP em ação e para participar de uma mesa-redonda de CMOs conversando sobre estratégia de dados.
Relatório State of Marketing da Salesforce: A 5a edição da nossa pesquisa anual sobre tendências e insights com profissionais de marketing ao redor do mundo.