As empresas, os governos e as organizações do setor de saúde colaborarão de modo eficaz para acabar com a pandemia mais cedo do que o esperado? Ou será que os países se isolarão à medida que o vírus sofre mutação, levando ao aumento das mortes, da inquietação social e da queda livre econômica? Neste ponto, qualquer um desses cenários é possível. Os melhores líderes precisam se preparar para os dois casos, bem como para algumas possibilidades que existem entre eles. Alguns dos principais planejadores de cenário em parceria com a Deloitte e a Salesforce, se conectaram virtualmente em abril para determinar quatro resoluções hipotéticas da pandemia, todas destinadas a ajudar as organizações a se planejarem para as incertezas do futuro.
A ciência do planejamento de cenários, um processo estruturado de pensar e antecipar o futuro desconhecido, pode ajudar as organizações a planejar com antecedência diversos resultados plausíveis.
Os cenários exploram como o mundo pode se desenvolver ao longo dos próximos três a cinco anos. Eles consideram possíveis variações em duas "incertezas críticas": a gravidade da pandemia conforme ela persiste e o nível de colaboração entre os países. Além disso, também são consideradas as variantes da eficácia de resposta do setor de saúde, do nível de coesão social envolvido nessa resposta e das consequências econômicas de todos esses elementos mencionados.
Confira uma breve visão geral de quatro cenários diferentes, cada um representado com o nome adequado.
1. Imagine isso: os governos globais colaboram e se comunicam de maneira rápida e eficaz. Os sistemas de saúde são reforçados. A sociedade mantém a conformidade com os regulamentos da quarentena. Em outras palavras, nos unimos para erradicar coletivamente a doença mais cedo do que o previsto. Nesse melhor cenário possível, denominado "a passagem da tempestade", as pessoas aprendem a confiar novamente em nossas instituições globais existentes. Dito isso, o comitê prevê que essa série de resultados aumentará a lacuna entre as classes socioeconômicas, porque aqueles que são afetados mais negativamente pela pandemia, ou seja, as pequenas empresas e a população de baixa a média renda, terão dificuldade em se recuperar.
2. O próximo cenário é o chamado "boa empresa". Neste cenário, à medida que os governos lutam para lidar com a pandemia de modo eficaz, a responsabilidade corporativa melhora. Assim, há uma mudança maior na mentalidade da empresa para atender a clientes, funcionários, comunidades, acionistas e ao planeta de uma só vez. As parcerias entre o setor público e o privado são estabelecidas com inovações entre setores para resolver problemas para o bem maior. Os aplicativos de softwares, as ferramentas e a especialização do setor de saúde avançados são provenientes de empresas, aumentando a percepção pública da mídia social e dos gigantes da tecnologia.
3. No cenário "nascer do sol no leste", o Ocidente lida com a doença de maneira mais lenta e menos consistente do que o Oriente, fazendo com que o centro global de poder mude para a China e o Leste Asiático. O Oriente se torna líder na coordenação global de sistemas de saúde e negócios, pois a forte resposta centralizada do seu governo, incluindo investimentos estrangeiros diretos destinados a atenuar a pandemia , se torna o padrão ideal. O público aprende a aceitar uma maior vigilância como uma necessidade nas sociedades em bom funcionamento.
4. Finalmente, "lobos solitários". (Spoiler: sinta-se à vontade para passar para outro artigo se você preferir não saber sobre o pior resultado hipotético possível.) O vírus sofre mutação, fazendo com que a pandemia dure mais do que o esperado em todo o mundo. O aumento das mortes, da agitação social, da queda livre econômica e da paranoia continua. Os países se isolam com grandes governos e extrema vigilância, respaldados pelas tecnologias mais recentes. Eles não trabalham juntos e colocam controles rígidos sobre estrangeiros e importações.
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O PDF inclui mais detalhes sobre como esses quatro cenários afetam a sociedade, o setor de tecnologia, o meio ambiente, a economia e a política. Para ouvir os autores do estudo discutirem esses cenários, confira este podcast da série Resilient da Deloitte.
Se possível, faça uma pausa e respire fundo.
“Estes são os esforços para impulsionar novas ideias sobre o futuro. Se eles não desafiam suas expectativas, não estão cumprindo com sua função.”
O estudo desperta nos líderes questões importantes a serem respondidas após digerirem os cenários:
Qual das suas expectativas anteriores precisa ser repensada?
O que os consumidores podem valorizar de forma diferente nesses cenários?
Quais são as maiores ameaças para o seu negócio atual nesses cenários?
Quais novos fornecedores, modelos, modelos de negócios e ecossistemas podem surgir e o que é necessário para estar bem-posicionado?
Quais recursos, relacionamentos e ativos são mais importantes nesses cenários?
Em última análise, aqueles que podem reproduzir as implicações de cada um desses cenários para seus negócios estarão se posicionando no modo de adaptação e prosperidade, em vez de simplesmente no de recuperação ou sobrevivência, gerando um resultado positivo independentemente do cenário ao qual o futuro se assemelhe.
Se você está procurando mais recursos, confira o nosso centro de recursos "Liderando em Tempos de Mudança".
