O livro de David Foster Wallace, Infinite Jest, descreve um futuro onde as marcas, em uma busca interminável por maior tração no mercado, podem patrocinar um ano inteiro. É chamado de "tempo subsidiado", e resulta em nomes como: “Ano do Frango Maravilha Perdue” e “Ano do Sabonete Dove Tamanho Amostra”.
Por mais absurdo e arlequim que pareça, o livro lança um holofote cômico sobre a dificuldade que as empresas enfrentam em construir e sustentar uma marca forte. Também não é surpreendente que, com mídias sociais, blogs e fóruns online, a arte e a ciência da construção de marcas tenham entrado no âmbito pessoal.
É claro que celebridades em mídia, entretenimento e esportes gastam muito tempo e energia moldando e refinando suas marcas. Mas qual o valor de uma “marca pessoal” se você não está vendendo uma nova linha de equipamentos de fitness, utensílios de cozinha ou algum outro objeto consumível do varejo?
Bem, você pode ficar surpreso. Continue lendo.
Então, o que é uma marca pessoal? O diretor de programas de capacitação da Salesforce, Paul Wilhoit, descreve uma marca pessoal simplesmente como:
Em muitos aspectos, uma marca pessoal é como uma marca corporativa. Dr. Sean Gresh, um membro do corpo docente do Northeastern University, observa que é “quem você é, o que você representa, os valores que você abraça e a maneira como você expressa tais valores”.
Uma empresa usa sua marca para comunicar esses valores aos clientes. Você pode usar sua marca pessoal para fazer a mesma coisa — para clientes, colegas, gerentes e potenciais empregadores.
Oprah Winfrey — muitas vezes chamada de “A Marca Predileta dos Estados Unidos” — oferece este conselho para criar uma marca pessoal: “Que a excelência seja sua marca... Quando você é excelente, você se torna inesquecível. Fazer a coisa certa, mesmo quando ninguém sabe que você está fazendo a coisa certa sempre trará a coisa melhor para você.”
E, num mundo onde a comunicação é cada vez mais digital, sua marca pessoal pode ser mais importante em canais remotos do que cara a cara. Wilhoit também oferece essas diretrizes adicionais sobre o valor da marca pessoal. Uma marca pessoal pode:
Ele também ressalta que uma marca pessoal não é:
Há muito conteúdo online sobre a construção de uma marca pessoal. Nosso propósito aqui é começar a jornada. Essas dicas — há muitas mais — são resumidas e editadas a partir do excelente blog de Programas de Pós-Graduação do Northeastern University.
Este é um primeiro passo óbvio e requer alguma introspecção. Pergunte a si mesmo:
Tudo bem perguntar a opinião dos outros à quem você confia para oferecer respostas honestas. Uma vez que você esteja mais ciente das facetas de sua personalidade, você pode decidir a melhor maneira de usá-las para a construção de marca.
Aqueles em vendas estão familiarizados com o conceito do discurso de elevador. À medida que você começa a conceituar sua marca pessoal, passe algum tempo elaborando um discurso de elevador para sua marca pessoal — uma história de 30 a 60 segundos sobre quem você é.
Se você está participando de um evento de rede virtual ou de um encontro on-line informal, ou se apresentando a uma nova equipe ou cliente geograficamente disperso, ter um discurso de elevador torna fácil descrever de forma sucinta o que você faz e para onde você está indo (ou gostaria de alcançar) em sua carreira.
Seja breve. Afinal, você quer completá-lo antes que todos "saiam do elevador".
À medida que você refina sua marca, é importante crescer seu círculo profissional através do networking. E você pode fazê-lo sem viajar, sem procurar estacionamento, sem ficar parado em filas!
Quanto mais conexões você fizer — e mais valor você puder fornecer em suas interações — mais provável é que sua marca pessoal seja reconhecida. O networking pode facilitar a busca de um emprego, avançar sua carreira dentro de uma empresa e cultivar relacionamentos mais profundos com clientes.
Poderíamos ter colocado este na seção de dicas, mas é tão importante que tivemos que destacá-lo aqui.
É difícil estabelecer uma relação com alguém se você só interagiu por e-mail ou por telefone. Na ausência de reuniões presenciais, a videoconferência é de longe a melhor coisa para melhorar qualquer tipo de relacionamento: parceiro, membro da equipe ou cliente. Na verdade, algumas pesquisas da Forbes fazem um forte caso de que a videoconferência pode ser ainda mais eficaz do que reuniões presenciais.
Lembra-se do episódio em “Mad Men” onde Don Draper lança Kodak em uma campanha publicitária para seu novo sistema de exibição de slides? Kodak o chamou “A Roda”. Não foi nada cativante.
Mas em seu discurso, Draper descreve outra coisa. Ele diz “(...) É uma máquina do tempo. Ele vai para trás, para a frente, nos leva a um lugar onde nós sofremos para ir novamente. Não se chama a roda. Chama-se carrossel. Isso nos permite viajar do jeito que uma criança viaja. Volta e volta, e de volta para casa novamente, para um lugar onde sabemos que somos amados.”
Draper estava certo em uma coisa. Uma marca é mais do que características do produto. As marcas tocam as pessoas onde a emoção e a funcionalidade se encontram. E isso é tão verdadeiro com marcas pessoais quanto marcas corporativas. Suas "características de produto" são o que você pode fazer. Seu conhecimento da indústria e habilidades técnicas. Mas tão importante quanto o que você pode fazer é quem você é. Essa é a parte da sua marca pessoal que gera confiança — uma qualidade que nunca sai de moda.
Para obter mais orientação sobre a construção de sua marca pessoal remotamente, assista ao nosso webinar Como contar uma história convincente no âmbito virtual.