A transformação digital é uma consequência da digitalização dos processos de negócios, impulsionada pelo uso de tecnologias da quarta revolução industrial, para melhorar de forma radical o desempenho e o alcance das empresas.

O assunto está aparecendo cada vez mais nas pautas de inovação dos profissionais de negócios e de TI e vem se mostrando indispensável para o futuro dos negócios que desejam ter sucesso nessa nova era digital.

A pedido da Salesforce, a IDC realizou uma pesquisa inédita, o Benchmark iDX Business Digitalization, que mediu o índice de digitalização nos negócios no Brasil e analisou a transformação digital nas empresas no país. Elaboramos o estudo com o intuito de entender como as empresas estão aplicando essa transformação nas áreas que interagem constantemente com os consumidores. Isso significa vendas, marketing e atendimento ao cliente. Além do estudo, profissionais de negócios podem compartilhar em uma ferramenta online como utilizam tecnologia no relacionamento com o cliente em suas empresas e descobrir sua pontuação em relação à amostragem pesquisada pela IDC.

Nesse post vamos abordar um pouco sobre como esse benchmarking foi realizado, discutir os principais resultados e entender como eles se relacionam com o cenário de digitização que estamos vivendo hoje.  

iDX Business Digitalization: como foi realizado?

Uma das etapas da geração do estudo envolveu uma pesquisa com 100 empresas com mais de 500 funcionários, feita por meio de entrevistas conduzidas pela IDC, a fim de avaliar o conhecimento e posicionamento dos gestores com poder de decidir ou influenciar as decisões de digitalização de processos de negócio.

Além disso, para obter os resultados, também foram utilizadas informações existentes da IDC Brasil e da IDC global e dados de mercado sobre o tema.

Os 4 pilares da transformação digital

Antes de tudo, para identificar o status da digitalização das empresas brasileiras, era preciso definir os pilares que traduzem os esforços de transformação digital aplicados nas empresas. Assim, foram definidas 4 frentes de inovação para serem analisadas. São elas:

Mobilidade

Inteligência
 

Conectividade
e Integração

Velocidade
e Produtividade

Como as empresas estão utilizando os recursos de mobilidade para impulsionar os resultados?

Como os dados são usados e como as informações de vendas são transformadas em valor?

Os processos de negócios das empresas brasileiras são automatizados, conectados e integrados?

Como é o ritmo do processo de negócios, a digitalização e os níveis de velocidade e produtividade?

Resultados: o cenário da transformação digital no Brasil

Várias pesquisas da IDC têm demonstrado que o processo de transformação digital nas empresas brasileiras e da América Latina está dando seus primeiros passos. Em uma escala que varia de 0 a 100 pontos, o índice geral de digitalização dos negócios atingiu 67,5.

No que diz respeito aos pilares que compuseram o estudo, Mobilidade chegou a 80, seguido por Velocidade e Produtividade (77), Inteligência (56,5) e Conectividade e Integração (41,5).

Mobilidade como um dos elementos principais da transformação digital

Ao analisar os resultados da pesquisa, notamos que a frente de Mobilidade foi a que atingiu o maior nível, se configurando como a quarta iniciativa em termos de importância estratégica para as empresas no Brasil.

No panorama atual, vemos que a mobilidade foi a principal responsável por trazer ganhos na agilidade e produtividade dos colaboradores. “Estamos na ‘Era do Cliente’, por isso o relacionamento com esse público deve ser mais consultivo e engajador em todos os pontos de contato. Pelo que o estudo constatou, a mobilidade tem trazido ganhos expressivos na agilidade e produtividade dos colaboradores, mas é hora de gerar mais valor ao cliente ao se integrar melhor o CRM a outras aplicações de negócio”, diz Daniel Hoe, diretor de Marketing da Salesforce para a América Latina.

O estudo aponta que o smartphone é o dispositivo preferencial das companhias, ainda que mais de 61% usem tablets e que as ferramentas de produtividade pessoal – como, por exemplo, e-mail – têm sido priorizadas em detrimento de soluções de negócio, como atendimento em campo ou gestão do relacionamento com clientes.

Ferramentas de inteligência são cada vez mais utilizadas no Brasil

Entre os pilares que basearam a pesquisa, Inteligência obteve o terceiro maior índice. Em geral, algum tipo de ferramenta analítica está em uso na maior parte das empresas, independente da vertical de atuação. Contudo, também foi possível apurar que a introdução de soluções analíticas mais avançadas, como as de inteligência artificial, está sendo postergada pelos gestores de tecnologia.

A utilização de soluções de inteligência artificial está apenas começando no Brasil. O que se vê, porém, é que as empresas que implantam tais soluções estendem seus benefícios por diversas áreas dentro da organização.

O estudo ainda revela que existe uma desconexão entre a informação gerada por meio de ferramentas analíticas e o acesso a partir de qualquer dispositivo, já que apenas 58,3% contam com este tipo de solução que traz a informação até o tomador de decisão, esteja ele com um smartphone em campo ou um computador no escritório.

Nós da Salesforce estamos sempre engajados com a conscientização sobre IA, desenvolvendo soluções como Einstein Vision para reconhecimento de imagens em redes sociais, realizando encontros como World TourDreamforce, além de disponibilizar a plataforma gratuita de treinamento online Trailhead para disseminar o assunto.

Acreditamos que a IA é uma grande parte da onda de inovação que estamos vivendo com as novas tecnologias e que, com ela, estão vindo mudanças irreversíveis na maneira como as coisas funcionam.

Conectividade e Integração chegam com a pior pontuação

A dimensão de Integração e Conectividade foi a que recebeu a pior pontuação. Entretanto, sua importância nos processos de marketing, vendas, equipes de atendimento ou de campo está bastante clara dentro das organizações. “A baixa prioridade dada ao tema é responsável pela não implementação de soluções que tragam ganhos de produtividade e escalabilidade para as empresas, que estão postergando ações nesse sentido”, explica Luciano Ramos, da IDC.

Recurso para aumento de produtividade e alcance, a automação de processos não é usada de maneira integral nas empresas. Apenas 38% utilizam soluções de automação de processos de marketing, vendas ou equipe de campo de atendimento. Além disso, a pesquisa também mostrou que apenas uma em cada quatro empresas tem alguma solução de Internet das Coisas implantada e quase metade delas não têm planos de implantar.

Com relação a Cloud, a maturidade é bem maior. Os gestores estão conscientes que cloud computing é um caminho que tem que ser seguido e apenas 8% não tem investimentos planejados para tal. O tema já é bastante conhecido pela maioria (98%) desses gestores e existe apoio da alta direção nesse sentido.

Velocidade e Produtividade com espaço para evolução

Quando se trata de Velocidade e Produtividade, vemos que a maior parte das empresas ainda está no começo dessa transformação. Apenas 3% das empresas se classificam como “disruptores digitais”.

A pesquisa mostra que 58% das empresas entrevistadas afirmam estar no mesmo ritmo de seus concorrentes e que só 15% delas se percebem à frente nesta transformação. “O benchmark pode ser uma ferramenta essencial para que as organizações tenham a visão clara de onde precisam melhorar. Estamos otimistas, porque 47% delas já identificaram a necessidade de se digitalizar e 30% dizem ter uma evolução mais estruturada”, afirma Luciano Ramos, gerente de pesquisa e consultoria da IDC.

Aprofunde-se neste tema e veja na pesquisa inédita Benchmark iDX Business Digitalization e cheque a digitalização de sua empresa por meio de um questionário online.

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