Mover os aplicativos para a nuvem. Gerenciar os sistemas na nuvem. Armazenar os arquivos na nuvem. Hoje em dia parece que tudo acontece "na nuvem". Mas o que é exatamente este conceito nebuloso? A resposta rápida: a nuvem é algum lugar do outro lado da sua conexão de internet. Um lugar onde você pode acessar aplicativos e serviços, e onde os seus dados são armazenados de forma segura.

Cloud computing, ou computação em nuvem, revolucionou a forma como as empresas e as pessoas consomem tecnologia por três motivos:

  • Não é necessário nenhum esforço da sua parte para gerenciar ou dar manutenção em aplicativos.

  • A nuvem é efetivamente infinita em tamanho, portanto você não precisa se preocupar em ficar sem capacidade.

  • Você pode acessar aplicações e serviços baseados na nuvem de qualquer lugar -- tudo o que você precisa é de um dispositivo conectado à internet.

Uma breve história de Cloud Computing

As raízes da Internet estão na década de 60, mas a sua relevância para os negócios só começou a ser percebida no início dos anos 90. A World Wide Web nasceu em 1991 e, em 1993, um browser chamado Mosaic foi lançado, permitindo que os usuários visualizassem páginas de texto com gráficos. Isso fomentou a criação dos primeiros websites corporativos e, não surpreendentemente, a maior parte deles era de empresas de computação e tecnologia.

Conforme as conexões de Internet se tornaram mais rápidas e confiáveis, um novo tipo de empresa, chamada de ASP (Application Service Provider ou provedor de serviços de aplicações), começou a surgir. Os ASPs gerenciavam aplicações de negócios já existentes para os seus clientes. Estas empresas adquiriam poder computacional e adminstravam as aplicações para seus clientes que então pagavam uma taxa mensal para acessar as aplicações por Internet.

Mas não foi até o final da década de 90 que cloud computing como conhecemos hoje começou a surgir. Foi neste período que a Salesforce introduziu no mercado sua aplicação de CRM desenhada especificamente para:

  • ser executada na "nuvem";

  • ser acessada pela Internet por meio de um navegador web;

  • ser usada por um alto volume de clientes simultaneamente com custo baixo.

Desde então a nuvem cresceu sem parar. Em 2013, o investimento mundial em serviços baseados na nuvem chegou a 47 bilhões de dólares. E este número está projetado para dobrar e ultrapassar os 100 bilhões de dólares em 2018 conforme as empresas aumentem seus investimentos em serviços na nuvem como a fundação de seus produtos novos e mais competitivos.

Curiosidade: desde os anos 80, quando a internet ainda nem pensava em se tornar o que é hoje, as pessoas já faziam muitos downloads. Esse jargão da tecnologia significa, em uma tradução livre, algo como “descarregar para baixo”; ou seja, desde os primórdios da computação, as pessoas traziam seus arquivos "de cima". Afinal, o que sempre esteve no nível mais alto sempre foram as nuvens.

Como funciona a computação na nuvem?

Muitas pessoas ainda acham que o conceito de cloud computing é algo difícil de entender e complicado. Porém, praticamente tudo que você consome atualmente na Internet — redes sociais, armazenamento de arquivos, streaming de vídeo e música — provém de aplicativos e serviços baseados na nuvem.

A ideia de guardar arquivos  em uma “entidade tecnológica” chamada nuvem surge do fato de que não se sabe exatamente onde os dados estão sendo armazenados ou processados. Eles podem estar em um servidor aqui mesmo no Brasil, do outro lado do mundo, no Japão, ou ainda nos dois locais ao mesmo tempo, um sendo cópia de segurança do outro. O verdadeiro advento é conseguir acessar esses dados pela internet, de qualquer lugar do mundo, mesmo que estejam armazenados a quilômetros de distância.

Como eles não estão em lugar fixo (como um servidor local na empresa, por exemplo), é possível que várias pessoas, de diversos locais, consigam interagir com aquele conteúdo guardado na nuvem, desde que tenham acesso autorizado e autenticado para tal. A atualização desses arquivos e processos também acontece em tempo real, já que estão conectados a internet, além da criação de backups periódicos.

Ainda existe a opção de adaptar os serviços disponibilizados na nuvem de acordo com a necessidade. Um exemplo comum e bem recorrente deste tipo de ação é aumentar o processamento de uma loja de comércio eletrônico quando ocorre alguma promoção ou data comemorativa. Desta forma, a empresa não fica limitada em momentos esporádicos e, ao mesmo tempo, não tem os custos de muitos servidores e computadores locais, que ficariam sem uso na maior parte do tempo.

CRM na nuvem e sua importância

Se o Pequeno Príncipe fosse um empreendedor moderno, provavelmente ele saberia muito bem como usar técnicas de CRM — afinal, ele sabe bem a importância de cativar as pessoas com quem ele se relaciona. Um dos fundamentos de CRM é coletar o maior número de informações sobre o cliente (incluindo seus contatos diretos com o negócio) e centralizá-los em um sistema para que se forme um panorama individual sobre o consumidor, permitindo um tratamento personalizado para a resolução de seus problemas. Se um procedimento assim já é eficiente quando é limitado a um servidor físico, ele se torna ainda mais eficaz quando está conectado à nuvem.

A capacidade de acesso remoto viabilizada por cloud computing permite ao CRM ter uma versatilidade imensa, principalmente quando se tem uma equipe fragmentada para usufruir dessas informações, como uma equipe de vendas. As informações de cada cliente podem ser acessadas por notebooks ou aplicativos móveis, por exemplo, enquanto o funcionário está viajando ou fazendo uma visita, dando flexibilidade ao processo como um todo.

É sempre bom lembrar que a nuvem permite ser aumentada ou reduzida de acordo com as exigências da sua empresa, permitindo o acesso de pequenas e médias empresas a esses sistemas de gerenciamento de clientes sem gastar muito, reduzindo custos e focando o potencial humano no que realmente importa: os consumidores e sua relação com o negócio. Além disso, por já estar na nuvem, ela consegue integrar-se a outros sistemas cloud facilmente, característica fundamental de um software dessa linha.

Qual a utilidade da nuvem para os negócios?

Existem diversos benefícios de cloud computing para as empresas. Redução de investimentos em infraestrutura, menor necessidade de equipes especialistas que não sejam relacionados ao seu negócio e flexibilidade de crescimento são alguns deles.

A ideia não é apenas colocar arquivos na internet e acessá-los de qualquer local e de qualquer dispositivo, por exemplo. Estar na nuvem significa transformar algo que ficaria restrito a um servidor e/ou espaço físico em algo que pode se construir de forma colaborativa, por meio do conhecimento e das ações de diversas pessoas. Centralizar o sistema de sua empresa nesse sistema tem, como consequência direta, a integração das diferentes áreas da empresa e o aumento da eficácia dos projetos, consequências da transformação digital.

A computação na nuvem também é útil para cortar gastos e transformar um capital que ficaria parado como servidores quebrados ou inutilizados em investimento em outras áreas. Tudo na nuvem é contratado como serviços, de softwares básicos a infraestruturas completas de TI. Você paga apenas pelo que você usa, sem gastos adicionais com manutenção e afins, possibilitando uma implantação mais fácil, independente do tamanho ou das pretensões da sua empresa.

Aliás, desapegar do físico não é sinônimo de perder a segurança dos seus dados — ao contrário do que se pensa, é provável que eles fiquem mais protegidos e mais fáceis de serem recuperados. Enquanto os backups de um sistema convencional, muitas vezes, são feitos em mídias físicas, que precisam ser novamente carregadas manualmente, algumas técnicas de nuvem são capazes de fazer isso automaticamente e de forma criptografada. Outro exemplo, se acontece algum problema em um servidor em um ponto do globo, os usuários são automaticamente redirecionados para acessar uma cópia em outro ponto.

As 7 vantagens da opção pela nuvem

1. Pague apenas pelo que usar

Como todos os sistemas de cloud computing são vendidos como serviços, você vai pagar apenas pela quantidade de armazenamento e processamento que utilizar; ou seja, nada mais de custos com verdadeiras parafernálias computacionais que podem ficar paradas por um bom tempo até que a demanda apareça. Seja você gerente de uma pequena empresa ou de uma multinacional, a nuvem vai se adaptar ao seu negócio — e, claro, vai cobrar o justo por isso.

2. Tenha o melhor sem pagar a mais por isso

Comprar a licença de uma nova versão de um software essencial para a empresa ou trocar os servidores antigos por algo mais moderno: ao usar a nuvem, esses e outros gastos ficam por conta do fornecedor. Você terá sempre as últimas atualizações de programas e hardware a sua disposição para usar, sem precisar sequer se preocupar com isso.

3. Aumente ou diminua conforme a necessidade

Diferente de outras estratégias de TI, a computação na nuvem não é voltada a um único tipo de empresa. Um mesmo serviço será eficiente tanto para pequenas, quanto grandes corporações, graças ao poder de elasticidade da cloud computing. Você pode dobrar o processamento em horários de pico ou reduzir à metade nos meses mais fracos de vendas, por exemplo, com o simples apertar de botão.

4. Acesse de qualquer lugar do mundo

Esqueça a ideia de ter que estar em um local físico determinado para acessar as informações de que precisa. Com o advento da nuvem, todos os dados são acessíveis pela internet e podem ser acessados de qualquer computador, notebook, tablet ou smartphone, desde que estejam conectados a rede. Sua empresa estará sempre disponível, na palma da sua mão, flexibilizando ainda mais todas as partes do seu negócio.

5. Centralize sua empresa em único lugar

É difícil lidar com vários softwares diferentes, cada um com diferentes tipos de autenticação, formas de acesso e, principalmente, modos de integração entre si. Com todos dentro da nuvem, é mais fácil compor um sistema integrado, que consegue se relacionar ao ponto de dar as informações necessárias para que a empresa consiga desempenhar bem as suas funções.

6. Saiba o que está acontecendo

Como quase todos os sistemas na nuvem são automatizados, eles também armazenam várias métricas sobre o que e, principalmente, como os serviços estão sendo utilizados. Essas informações são essenciais para repensar as estratégias que a empresa vem tomando em seus processos internos e, claro, são a base para possíveis mudanças de rota e de mentalidade, que levarão a uma melhoria no negócio como um todo.

7. Recupere-se mais rápido de catástrofes

Muitas vezes, o ato de fazer cópias de segurança com qualidade e garantia é algo bem complicado — e usá-las no momento que mais precisa delas é ainda mais conturbado. Os servidores dos fornecedores de serviços de cloud computing, geralmente, são bem mais preparados para isso do que a sua empresa. Além disso, se ocorre algum problema em um deles, seus acessos pela rede são redirecionados rapidamente a outro, deixando tudo funcionando de novo.

Como começar a investir em cloud computing?

Ótimo, então você já entendeu que a nuvem não é um bicho de sete cabeças, além de conhecer a sua história, seu funcionamento e suas vantagens. Se seu próximo passo é levar agora a sua empresa para o mundo da computação em nuvem.

Como tudo que precisa ser bem-feito, é necessário começar com um planejamento. Afinal, quais são as prioridades que a sua empresa tem? São esses serviços essenciais que precisam ser privilegiados nos primeiros investimentos com computação na nuvem.

Também é bom decidir quais sistemas você vai buscar na implantação; ou seja, você vai querer softwares (SaaS), plataformas de desenvolvimento (PaaS) ou infraestruturas inteiras de TI (IaaS) como serviços na nuvem? Outra decisão importante de se tomar nos primeiros passos com essa metodologia é decidir se você quer uma nuvem pública (totalmente acessada pela Internet), uma nuvem privada (todos os benefícios da cloud computing em uma rede fechada) ou, ainda, uma nuvem híbrida.

Depois disso, a ideia é encontrar o provedor de computação na nuvem que consegue atender melhor às necessidades de sua empresa. Não no quesito tamanho, claro — já falamos bastante sobre a elasticidade da nuvem —, mas quanto aos recursos e funções que você procura. Uma boa criptografia e demais metodologias de segurança são pontos muito importantes nessa contratação, assim como serviços de backup eficientes e, claro, um suporte técnico que esteja sempre disponível para resolver eventuais problemas.

De toda forma, é sempre bom encarar a nuvem, no primeiro momento, como um ambiente de experimentação e testes. Veja como a sua empresa reage ao usar tais sistemas, como eles podem ser ainda mais melhorados e modificados para refletir a realidade do seu negócio e, assim, consolide, aos poucos, ela como um dos pilares do seu sucesso.

Conclusão

A nuvem, da forma como a conhecemos atualmente, sempre foi um desejo dos estudiosos da programação e profissionais de tecnologia e negócios. Com o tempo, uma rede capaz de conectar todos os computadores do mundo tornou-se realidade, mas foi só agora que ela se tornou eficiente e rápida o suficiente para substituir, no armazenamento, processamento e em outras muitas funções, um equipamento físico de fato.

Adotar cloud computing no ambiente empresarial é seguir um fluxo natural da tecnologia contemporânea e estar à frente quanto à eficiência e à modernidade. Toda a elasticidade e a variedades de serviços na nuvem ainda permitem que qualquer tipo de empresa, sem importar a área, o tamanho ou os objetivos, possam usufruir destes benefícios e transformá-los em uma verdadeira ferramenta para o sucesso.

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